domingo, 2 de fevereiro de 2014

Utilidade Pública

Eu li num livro que em média vc leva 4 horas pra terminar com alguém. Os primeiros 5 minutos ela ou ele diz q não quer mais e que é melhor acabar. A contraparte, muito justamente, exige uma explicação. O alegante responde com uma mentira ou com o "it's not you it's me rotine", a essa altura já se passou pelo menos meia hora.
E nessa hora q começa a choradeira. O chutado/chutada começa a jogar na cara tudo o que fez ou deixou de fazer por vc, te xinga e, como só uma pessoa intima poderia fazer, começa a tentar te ferir das maneira mais cruéis possíveis, com razão. É aqui que geralmente vc perde a juízo, e esquece a mentira que tentou dizer pra ficar bem e fala o real motivo do fim do relacionamento. Esse é o momento mais crítico onde geralmente rola a porrada nos casos mais sérios. Com certeza já estamos em outro turno: se começou a tarde já escureceu; se começou a noite já é madrugada und so weiter...
Nos últimos 10 minutos, os dois tentam voltar a si discutindo a divisão dos espólios. Tudo isso só pra aconselha-los a não dizer algo do tipo:

- Vou ali terminar com ela e depois a gente toma uma cerveja.

quinta-feira, 14 de março de 2013

quinta-feira, 7 de março de 2013

Proposta Para as Próximas Eleições


Mulheres são mais ou menos 50% da população, mas são consideradas uma minoria. Negros são mais de 40% da população brasileira, mas são consideradas uma minoria. Homossexuais tem simpatizantes suficientes pra colocar milhões de pessoas nas ruas por sua causa, e também por uma boa festa (não importa), mas também são considerados uma minoria. Por quê?
Porque esses grupos ou categorias não tem representação política.
O político brasileiro é geralmente Homem (machista), Branco, com nível superior, rico ou pelo menos de condição social privilegiada e muitos deles são filhos de políticos. E é pública e notória a insatisfação de todos com a classe política brasileira.
Minha proposta é simples:

Se você é mulher vote em uma mulher!
Se você é negro vote em um negro!
Se você é homossexual vote em um homossexual!

terça-feira, 5 de março de 2013

Problema


o problema é tratar velhos como crianças,
crianças como bichos,
bichos como coisas
e coisas como se fossem mais importante do que pessoas

sábado, 2 de março de 2013

Roteiro das Chopadas de Filosofia


 Se escrevo minhas memórias agora é pra quando ficar velho poder fazer alguma coisa de útil como ler Kant, estudar grego…

O primeiro evento em qualquer chopada era o corinho:

- Cerveja! Cerveja!

Que era puxado por afoitos que chegavam ao bar pra reclamar que a chopada estava demorando, não importando a hora que a chopada tivesse sido combinada. Eu me lembro de ter ouvido esse corinho uma vez as dez da manhã.
Entre duas e três horas da tarde, as vezes no final da tarde, nunca a noite, chegava o pessoal do centro acadêmico pra preparar a chopada. Mesmo tendo feito parte do CAFIL por um ano não me lembro bem em consistia isso. Arrumar copo para todos? Pagar o bar? Contar as cervejas?
Mais ou menos uma hora depois começava a chopada de fato com a distribuição de cerveja de graça. Euforia total.
Quinze minutos depois o Cafil anunciava que a cerveja acabou. Comoção geral. Algum lucido de chapéu (não sei por que na minha me moria era sempre alguém de chapéu) convocava o ratata. O Ratata prosseguia ao encargo do cafil.
Mas ou menos mais uma hora depois começava a ser servida a cerveja do ratata. Novo surto eufórico.
Meia hora depois a cerveja acabava de novo. O lúcido, agora bem menos lucido, convocava o segundo ratata.
Entre o recolhimento do dinheiro para o segundo ratata e a cerveja de fato acontecia a briga do Richard. Em geral nosso campeão não escolhia adversários mas o seu adversário preferido era o Danilo Cara de Cavalo.
Depois que “a turma do deixa disso” atuava e com a chegada da cerveja do segundo ratata os ânimos se acalmavam. A essa altura já eram sete ou oito horas da noite. Eu indecorosamente bêbado ia para casa por que por volta desse horário passava um ônibus que me deixava na porta de casa. Se eu mais tarde, mais bêbado, tivesse que andar mais tempo pra chegar em casa talvez não estivesse escrevendo este texto agora.
Mas sempre depois que eu ia embora acontecia alguma coisa inesperada. Na primeira chopada logo depois que entrei na faculdade que ou eu não fui ou não bebi (o que da no mesmo) aconteceu o famoso beijo das sete mulheres. Bem pelo título acho que não preciso explicar muito o que aconteceu. Lembro que um amigo meu ator de teatro, boa pinta, conversa mole ficou com a professora mais magra do cone sul!!! A única vez que me lembro de ter ficado até um pouco mais tarde o inesperado foi comigo, mas não estou aqui pra me gabar.
Pra mim, a chopada geralmente acabava na segunda-feira quando eu sentava na escada do terceiro andar e perguntava pra alguém:

- que aconteceu depois que eu fui embora?
- Cara... -
- Puta... Eu sempre perco a melhor parte!